Área Restrita
A Congregação das Irmãs Franciscanas de Dillingen foi fundada por um grupo de cinco piedosas senhoras, na periferia da cidade de Dillingen – Baviera – Alemanha. Estas senhoras tinham como objetivo de vida: louvar a Deus e servir aos pobres.
Influenciado pelo espirito religioso daquelas senhoras beguinas, o Conde Hartmann IV de Dillingen e Kyburg e seu filho Hartmann V, bispo de Augsburg (1248-1286), doaram à comunidade de nossas irmãs em Dillingen uma casa, nas proximidades da Igreja Paroquial, juntamente com um pátio, horta e prado. Uma carta foi entregue como confirmação do ato. Conforme intenção dos doadores, elas deviam dedicar-se ao serviço de Deus, nosso Criador, para louvá-lo e honrá-lo, pacifica, devota e zelosamente, para edificação de todos os fieis.
A associação livre das irmãs é integrada à Província dos Irmãos de Strassburgo, por iniciativa do Bispo de Augsburgo, Degenhard de Hellenstein e Heidenheim. As irmãs receberam a Regra da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, aprovada pelo Papa Nicolau IV no ano de 1289 e Estatutos autorizados pelo Bispo Degenhard, bem como o convento dos Irmãos Menores de Augsburgo e o da comunidade de Dillingen. Assim tornaram-se Irmãs da Ordem Terceira.
Um incêndio destruiu completamente o edifício, queimando também a carta de fundação, juntamente com outros documentos.
O Cardeal Pedro de Schaumberg, Bispo de Augsburgo (1424-1469), ajudou na reconstrução do convento e renovou em 1464 o documento de fundação baseado em anteriores conhecimentos pessoais dos documentos então queimados.
O Bispo Frederico II, Conde de Zollern, em companhia de seu professor e amigo Johan Gailer de Kaiserberg, pregador de Strassburgo, visita a grande comunidade.
As irmãs perderam a direção espiritual dos franciscanos conventuais de Augsburgo, cujo convento foi entregue aos protestantes.
A Madre Geral Margaretha Rothin, no dia de sua eleição, pediu ao Cardeal Otto Truchess de Waldburg, Bispo de Augsburgo (1543-1573) a licença de guardar o Santíssimo na capela da casa. A solenidade inaugural encontra-se representada em pinturas na abóboda da Igreja convento.
O Cardeal Otto visita o convento e torna obrigatória para as irmãs a observância da Regra da Ordem Terceira de 1829 e os Estatutos do Bispo Degenhard. Envia-lhes copias da mesma (os escritos originais estavam queimados), lavrando ao mesmo tempo um documento de reforma que, juntamente com a Regra e os Estatutos, deveriam ser lidos no Capítulo e, em todos os dias da Quaresma.
O Bispo Egolf de Knöringen (1573-1575), em sua visitação, regulamentou as observâncias de clausura. Não se permitiam visitas durante o tempo da oração e visitantes do convento ou de parentes gravemente doentes não poderiam demorar-se por mais de duas horas.
Marquard II de Berg, Bispo de Augsburgo (1575-1591), chamou os franciscanos observantes para Augsburgo e deu-lhes também o cargo de pregadores na Igreja Matriz de Dillingen. Com isto as irmãs tiveram novamente contato com os franciscanos.
A capela renovada, ampliada e concluída, foi consagrada.
Irmã Maria Penkerin, como primeira, fez o voto de total pobreza.
Sob a gestão da Madre Geral Anna Steffesin, natural dos Países Baixos, as irmãs receberam um véu branco denominado “Weil”. A cronista observou: “pois até então nunca o havíamos usado”.
O Bispo Henrique V de Knöringen (1598-1646) designou jesuítas como confessores extraordinários das irmãs, apesar dos reiterados pedidos de que não fossem desligadas da Ordem Franciscana.
O Bispo Henrique queria introduzir as determinações do Concílio de Trento (1545-1563) em nosso convento.
Ele enviou às irmãs a Regra já aprovada pelo Papa Leão X em 1521 para a Ordem Terceira Conventual e os Estatutos por ele assinados em 14/12/1628 no Castelo de Aislingen. As irmãs se submeteram, embora estivessem cientes de que elas eram Terceiras e não Clarissas. Como primeira experiência, propuseram-se a observar por um ano a “Gemoin” (Comunhão de bens). O propósito ou a vivência da clausura perpétua, deveriam ser feitos por voto na Profissão. Contudo, após pormenorizada visitação à casa, o Bispo declarou que não poderia exigir tão rigorosa clausura.
Como veste, os Estatutos determinavam hábitos cinza, juntamente com escapulário e cordão.
Por intermédio do Pe. Henrique, provincial da Província Franciscana da Tirólia, as irmãs receberam do arquiduque Leopoldo da Áustria, através da Câmara austríaca de Insbruck, 129 côvados de tecido cinza. No domingo “Lätare” de 1634 vestiram os hábitos bentos pelo Bispo de Imst. Um sacerdote carmelita entregou-lhes os escapulários em 1642; e em 1655 os mantos pretos foram substituídos pelos de cor cinza. As coristas receberam em 1694 o véu preto, enquanto as irmãs conversas continuaram a usar os brancos até 1927.
Quando os minoritas se vestiram de preto em 1770, as Irmãs Franciscanas de Dillingen trocaram novamente de cinza para preto. Em 1959 as Irmãs passaram a usar vestido preto ou cinza e véu com testa livre.
Ante a invasão dos suecos, 25 irmãs fogem para a Tirólia, ficando somente cinco no convento.
Em Silz no Inn, Johana Gundemünnin foi admitida solenemente ao noviciado na Igreja Matriz. Em Dillingen morreram quatro irmãs de peste; a quinta não foi atingida porque, sendo leprosa vivia isolada.
Os franceses saquearam a cidade e o convento.
A casa São Francisco torna-se hospedaria.
A Madre Geral Aloisia Erlacherin empreendeu, pressionada pelo Conselho Episcopal, a renovação do convento arruinado. Partes do convento que foram reconstruídas: a Igreja, o edifício e o muro externo que vai da Igreja ao pátio paroquial.
o Bispo Príncipe Clemente Wenzeslaus (1768-1812) envia as franciscanas o pedido de aceitação de uma escola para meninas. Quatro irmãs se colocaram à disposição.
Por determinação ministerial de Regensburgo, nosso convento com todos os seus haveres foi doado à “Ordem Alemão”. O grão-mestre, arquiduque da Áustria, todavia, permitiu que as irmãs ficassem no convento e usassem seus bens, sem serem molestadas.
O convento passa, por contrato, para Kurbauern. As irmãs podem gratuitamente morar nos edifícios que se tornaram públicos, perdendo, porem, todos os bens. A cronista escreve: “no dia 1º de outubro tornamo-nos pensionistas, pois tudo nos foi tirado: todo objeto de prata, bem como os remédios caseiros, todo capital, campos, prados, florestas e terrenos arrendados. Confiamos que Deus nos dará sua benção”. O grande breviário em latim foi substituído em 4/11/1805 pelo Oficio Mariano.
Os insistentes requerimentos das irmãs obtiveram êxito. No dia 25/04 veio o documento de restauração do convento das Franciscanas de Dillingen com a cláusula: ”Ao lado da escola pública para meninas, mantida pelas franciscanas de Dillingen, em funcionamento desde o ano 1774, deveria, sendo possível, ser instalado ainda neste convento um estabelecimento educacional para as filhas da cidade de Dillingen e arredores”.
As irmãs recebem do Bispo Inácio Alberto novos Estatutos. Na igreja paroquial realiza-se no dia 22/06 a festa da Restauração, com renovação de votos das três ainda restantes irmãs coristas e duas irmãs conversas e a admissão de duas candidatas ao noviciado.
A idade mínima, exigida no documento de restauração, passou de quarenta para trinta e três anos para a emissão de votos perpétuos solenes. Até então eram emitidos votos temporários, com renovação de três em três anos.
As irmãs capitulares determinam a aceitação de “pensionistas”.
Institui-se o pensionato. No mesmo ano inicia-se a creche. Para isto foi liberada a salinha da farmácia ao lado da portaria.
O Pe. Vigário Vogel faz ao convento a proposta de assumir o cuidado dos doentes na cidade. Durante quase dois anos consulta-se repetidamente as irmãs e mantem-se negociações com a prefeitura. As irmãs aceitaram sob a condição de que a escola não ficasse prejudicada com isso. No dia 06/01/1839 deram por escrito uma resposta negativa. A enfermagem foi assumida em 1894 no Asilo e na Casa de Saúde, tornando-se ambulante a partir de 1895. O Bispo de Eichstätt Carlos Augusto, Conde de Reisach, foi nomeado Visitador Apostólico da Ordem Franciscana. Na ocasião, ele fez visita canônica em nosso convento, único de irmãs, e introduziu resoluções complementares nos Estatutos de 1829.
Em 02/01, foi fundada a 1ª escola filial em Hochstädt no Danúbio. O Inspetor, Sr. Büschel, por ordem do ministro de Ahorner, apresentou à Madre Geral o pedido de encaminhar uma ou duas candidatas para serem formadas em Munique no Ensino para surdos-mudos. O professor Pe. João Evangelista Wagner foi nomeado confessor das irmãs. A compra do Convento das dominicanas em Maria Medingen foi efetuada em 01/08 e, em 24/10, realizou-se a festiva inauguração. Naquela época viviam ainda seis irmãs coristas e três irmãs conversas das dominicanas.
Duas candidatas viajaram para Monique para formação no Instituto Central para surdos-mudos.
É inaugurada na Casa-Mãe a escola para surdos-mudos.
Funda-se, de forma autônoma, o convento de Oggelsbeuren (mais tarde transferido para Siessen), bem como Au no Inn.
A escola para surdos-mudos foi transferida do convento para o antigo Seminário de São Bartolomeu. Nossas irmãs fundaram conventos em Lohr e Neustadt no Meno.
Por cima da sacristia da Igreja do convento foi construído um oratório. Fundação em Volkach.
Em 01/08, a candidatura, o ginásio e o Jardim de Infância passam para a parte do pequeno convento, então comprado, e que desde a secularização era usado como celeiro.
Fundação de Dettelbach. A exemplo de Lohr e Vollkach foi idealizado como convento independente. Em 1864 as três filiais receberam sua autonomia com noviciado próprio e o direito de fundar novas filiais, voltando, porém, todas três, em 1874, a unir-se a Casa-Mãe, a pedido do Governo da Francônia. Agora eram aceitas filiais em número crescente. O número de irmãs elevou-se de 51 no ano de 1847 para 2.306 no ano de 1968.
O Bispo Pancrácio Dinkel aprovou os Estatutos que foram elaborados conforme os de 1628, 1829 e as conclusões da visitação de 1839, com acréscimos adaptados às circunstâncias de então.
É ampliado o Coro da Igreja Conventual.
Inaugura-se, sob o nome de São José, um prédio de dois andares sobre o pequeno convento.
Sob o mandato da Madre Geral Inocência Mussak, despedem-se da Casa-Mãe em 04/08, as 24 irmãs que se prontificaram para assumir a administração da Abadia dos Beneditinos em Collegeville, Minnesota nos Estados Unidos da América (EUA). O pedido insistente do abade foi atendido, embora sob muitas apreensões, devido à ameaçadora situação politica na Europa. Em 1928 elas fundaram a primeira filial própria da Congregação em Hankinson, Nord-Dakota.
A Madre Geral Laurentia escolheu duas irmãs para ajudarem na direção da Ordem, M. Leokadia com superiora da casa e M. Honoria com Assistente Geral.
O Papa PIO XI adaptou a Regra da Ordem Terceira ao código eclesiástico; os novos Estatutos entraram em vigor em 1938.
Inicia-se no coro da Igreja no convento a Adoração Perpétua.
Nossa Congregação foi declarada de Direito Pontifício pela Santa Sé. Ela teve que dividir-se em Províncias. Também tiveram que ser apresentados novos Estatutos à Congregação dos Religiosos para aprovação.
Instituição de uma Província alemã com sede em Dillingen e de uma Província Norte Americana com sede em Hankinson. As fundações no Nordeste e Sul do Brasil passaram a formar um comissariado com sede em Areia/PB, Nordeste do Brasil.
Estabelece-se um comissariado próprio com sede em Duque de Caxias/RJ, considerado Sul do Brasil.
Aprovação dos novos Estatutos.
A Província Alemã foi dividida em três: a da Suábia com sede em Dillingen, a da Baviera com sede em Straubing e a da Francônia com sede em Lohr.
A Província da Suábia e da Baviera unem-se novamente porque a divisão das instituições de Wagner em duas Províncias trouxe Dificuldades.
Funda-se uma Província, unindo Nordeste e Sul do Brasil, com sede em Duque de Caxias/RJ.
A Província da Francônia une-se à Suábio-Bávara.
Os missionários Combonianos convidaram nossas irmãs para Saldanha – Espanha, para administrar seu Seminário.
Foi fundado em Saldanha o Colégio Regina Mundi. Neste mesmo ano, a Igreja do Convento da Casa-Mãe, propriedades do Estado desde 1805, foi devolvida à Congregação. Ainda em 1963, nossas irmãs aceitaram o serviço na Clínica Hildebrando em Brissago – Suiça.
Instituição de uma Província Brasileira no Nordeste, com sede em Areia/PB.
Um grupo de dez jovens vocacionadas da Diocese de Trichur, Kérala – India, partiram para a Alemanha. Aos dias 24/09, Ir. Wilbranda, Madre Geral em exercício, acolheu fraternalmente as primeiras jovens oriundas da Ásia.
As irmãs aceitam como residência a Casa Santo Antônio, conhecida como casa colônica em Roma, La Storta - Itália. Em Dillingen professam as primeiras irmãs da Índia em nossa Congregação.
O Capítulo Provincial Extraordinário elaborou propostas para o Capitulo Geral Extraordinário e Diretrizes Provinciais. O Governo Geral da Congregação mudou-se para a Casa Generalícia em Roma La Storta - Itália.
O Capítulo Geral Extraordinário realiza-se, juntamente com o Capítulo de Eleição, em Roma, La Storta.
Na segunda sessão do Capítulo Geral Extraordinário, em Wollkach, foram elaboradas as Constituições como texto-experiência.
A resolução do Capítulo Geral sobre a divisão da Província Alemã foi assunto de três capítulos de fundação:
24/06/1973 – Em Wollkach, institui-se a Província Franciscana de Dillingen – Provincialado de Bamberg. Padroeira: Santa Elisabeth.
15/06/1973 – Em Maria Medingen, institui-se a Província Franciscana de Dillingen, Provincialado Maria Medingen. Patrono: São Francisco.
26/07/1973 – Em Dillingen, institui-se a Província Franciscana de Dillingen, na Fundação Regens Wagner. Patrono: João Evangelista
O mandato dos três Conselhos Provinciais recém-eleitos iniciou-se em 01/09/1973.
No dia 30/10, duas irmãs Indianas chegam à sua terra natal, para assumirem, no Norte da Índia, uma atividade missionária. Ir. Tesia Ollukaram e Josita Puthuppulliparambil foram as primeiras Irmãs Franciscanas de Dillingen no Continente Asiático.
No dia 08/12, outras três irmãs indianas chegaram da Alemanha para reforço da missão iniciada pelas pioneiras.
No dia 26/11, Ir. Tesia Ollukaram foi eleita a primeira superiora das Irmãs Franciscanas na Índia.
Em 17/11, foi lançada a pedra fundamental para o primeiro convento das Franciscanas de Dillingen em Bilaspur – Índia.
As Constituições elaboradas em 1981 pelo Capitulo Geral, com redação final, recebem aprovação da Santa Sé em 18/01. No mesmo dia as irmãs do Conselho Geral de La Storta foram recebidas em audiência particular pelo Papa João Paulo II; ele concedeu também às Constituições uma benção especial.
No dia 24/08, O Capítulo Geral fundou um Regional na Índia. Ir. Tesia Ollukaram foi eleita a primeira Superiora do Regional na Índia. O Regional teve como padroeira Maria, Mãe do Bom Conselho.
Em 18/12, aconteceu a profissão temporaria das duas primeiras indianas em Bilaspur a partir do novo trabalho missionário na Índia. Ir. Rosilin Mundathanan e Ir, Mercy Elamkunnapuzha, marcaram este fato histórico no continenete Asiático.
- A Provincia de Areia abre uma missão junto aos indios Tiriós na Amazonia.
- As provincias de Areia/PB e Duque de Caxias/RJ assumem trabalhos junto às Comunidades de Base.
Em 16/08, o Capitulo Geral eleva o Regional da Índia à categoria de Província ao Norte da Índia. Ir. Tesia Ollukaram foi eleita a primeira Superiora Provincial da Província Mãe do Bom Conselho.
- O Capítulo Geral decide a volta da sede do Generalato para Dillingen, Alemanha.
Em 16/12 foi fechada a Fraternidade da casa de Roma-La Storta - Itália. E a sede do Generalato voltou para Dillingen – Alemanha.
- Em primeiro de janeiro a Congregação contava com 1.066 Irmãs e 16 noviças em três continentes: Europa, América e Ásia.
11/08 – Celebração do centenário de presença das Irmãs Franciscanas de Dillingen em solo Americano.
06/07 - Incêndio na Sacristia do Convento de Maria Medingen - Dillingen - Alemanha.
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